sábado, 11 de agosto de 2012

Que os Anjos falem por mim

Apóstrofe à carne                

Augusto do Anjos

"Quando eu pego nas carnes do meu rosto
Pressinto o fim da orgânica batalha:
- Olhos que o húmus necrófago estraçalha,
Diafragmas, decompondo-se, ao sol posto...

E o Homem - negro e heteróclito composto,
Onde a alva flama psíquica trabalha.
Desagrega-se e deixa na mortalha
O tato, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!

Carne, feixe de mônadas bastardas.
Conquanto em flâmeo fogo efêmero ardas,
A dardejar relampejantes brilhos.

Dói-me ver, muito embora a alma te acenda,
Em tua podridão a herança horrenda,
Que eu tenho de deixar para os meus filhos!"

terça-feira, 31 de julho de 2012

Asa quebrada

Aquele pé maltrapilho. Aquela vontade de cama. Aquele desejo de tempo.Esses dias eu imaginei que se talvez eu desejasse com muita força, muita vontade, talvez eu conseguisse. Não que a questão seja só desejar, mas talvez se eu tivesse pensamento positivo a minha energia melhorasse. Sou dessas que acreditam em energia positiva, acreditar em energia positiva remete à acreditar na força do pensamento, eu acho. Eu vivo dizendo que não vou mais aguentar, eu vivo dizendo que vou me matar no meio do caminho, que vou morrer acidentada, adoentada, assassinada. Às vezes eu até me imaginava com um maluco agarrado ao meu pescoço, eu não ia gritar, nem reclamar de nada, ia ficar paradinha esperando o "final do serviço". Ou talvez eu berrasse, batesse, fugisse, me agarrasse à vida com força.
É que eu não tenho me agarrado com força a nada ultimamente, desistir no meio do caminho tem sido o dilema. É que são tantas pedras no meio do caminho que algumas são maiores do que eu. Ou maiores do que a minha vontade. Não vou dizer que faltam braços pra me ajudar a atravessar, não vou dizer que não tenho forças. Simplesmente porque estaria mentindo. Eu queria ter tudo aquilo que os vencedores têm, eu queria ter tudo aquilo que as pessoas legais têm. Mas não tem nada lá no fundo de mim, só desespero. Eu tenho o dilema de que se você está desesperado e sem forças e sem rumo, o melhor é sentar e chorar. Você senta, chora, faz birra, cara feia. Espera ajuda. Mas isso quando não se tem mais saída, quando não se tem mais aonde ir. E há pessoas pra ajudar. Sempre há. Não é? Mesmo que a ajuda não ajude. É que eu sou infantil. Não sei me virar sozinha, sou do tipo que fui protegida porque na rua tem estuprador e andar descalça mata. Mas aí de repente eu comecei a andar na rua com os estupradores a solta e andar descalça e não morrer. Pois é. Ando me perguntando que se eu pisar numa poça eu vou morrer com o xixi de rato que tem lá. Todo mundo sabe que poças têm xixi de rato.
Mas por outro lado eu fui do tipo que passou uma boa parte sozinha. Todo mundo falava baixinho, uma chorava num canto, o outro batia as portas. E todo mundo me chamava de "coitadinha". Talvez sejam essas lembranças que me afetem tanto. Antigamente eu não racionalizava muito isso, eu não tentava entender nada. Mas agora que ando racionalizando e entendo, ou interpreto tudo a meu favor, eu percebo que só houve um período em que tudo foi certo, um período em que havia tanto xixi de rato, estupradores e proibição de andar descalça. Porque depois ninguém via.
Eu poderia estar surpresa com minha passividade, permissividade, diante da compreensão de tudo isso. Mas eu sempre fui passiva, permissiva, não sei se por preguiça de levantar a voz ou por medo. Acho que por medo. Eu tenho medo de tudo que voa, tudo, passarinho, borboleta, gente livre. Porque eu tenho as asas quebradas. É por isso que não tenho vontade de pular as pedras, de querer com vontade, porque as minhas asas já estavam quebradas antes de eu nascer. Eu poderia até atravessar as pedras, eu poderia até desejar com muita força, eu poderia até conseguir. Mas eu tenho certeza que isso não leva a nada, eu não vejo nada além de hoje. Eu imagino, eu monto, mas não vejo sentido. Se você não vê não tem por que tentar. Não é?

terça-feira, 3 de julho de 2012

Tudo de bom

Teve tudo de riso, tudo de novo, tudo de coragem, tudo de juventude, tudo de beleza, tudo de sinceridade, tudo de tudo que eu queria provar. Provar pra mim mesma que existia, provar pra alguém que eu tinha. Eu não me fiz perguntas difíceis, eu não me torturei, não despejei tudo de negativo por aí. O segredo é relevar tudo que te parece pesado, tudo que te deixa pra baixo, tudo que te faz mal. Não que eu tenha aprendido, não se aprende isso de uma hora pra outra. O segredo é rir dos que te desprezam, é achar graça quando te chamam de gorda, é brincar com o medo de dar tudo errado.
Você sabe que é provável que tudo termine, você sabe que a maioria não presta, você sabe que odeia aquele lugar. Mas bem lá no fundo tem algo de bom, talvez tudo tenha algo de bom. Mas a questão é encontrar o que é bom em você, em mim. Eu falo de você, mas você sou eu, assim como eu sou você. Mas é que a primeira pessoa dói, assim como nome dói, assim como palavra dói. E de tão masoquista você não para de escrever.

domingo, 1 de julho de 2012

"Quem sabe a temperatura do fogo é a panela"

Não gosto disso de cobrarem mais de mim do que dos outros. Não é pra todo mundo ser igual?
Mas é que se você passa a sua vida inteira se comportando de uma forma, sendo SEMPRE de um determinado jeito, não tem como fugir. E eu tento fugir.
Tô me cansando de fingir ser o que no fundo eu não sou, não tenho mais tempo pra ficar bancando aquela antiga pessoa. De uns tempos pra cá essa pele que eu visto começou a me pinicar, essa máscara no meu rosto tá me causando alergia. Esse é o momento em que "quem sabe a temperatura do fogo é a panela" e eu entendo isso. Só que você não entende, vocês não entendem.
Esse mês eu parei de levar a sério, ando fazendo tudo porcamente, da pior forma possível. Mas eu ainda faço.
Se eu fosse menos submissa talvez eu conseguisse me safar. Mas agora que já abusaram de mim esse tempo todo, que já me esfolaram esse tempo todo, que já me humilharam esse tempo todo, não tenho muito o que fazer. Sei que andam me espreitando e fazendo ameaças que não vão surtir efeito. Eu me conheço, não funciono sob pressão. Não esse tipo de pressão, não nesse momento. E as suas ameaças não são válidas.
Eu também perdi a fé. Não acredito nele, nem em você, nem em ninguém na face dessa Terra. Nem fora dela. Falei da fé porque o respeito por ele já perdi há séculos. No seu caso, bem, no seu caso eu não sei.
Se você me chama de besta, se você grita comigo, se você diz que eu preciso de você, se você ameaça me bater...eu não vou te respeitar também.
Mas não é só isso (nunca é só isso). Teve aquele momento que precisei conversar e você não estava, teve aquele momento que precisei de orientação e você não estava, teve aquele momento que precisei mais do que nunca e você não estava. Às vezes eu te parto ao meio, te atinjo no ponto fraco e você se machuca e me maldiz. Mas eu já te disse: não tenho medo de palavras, não me amedrontam.
Me tire de lá, eu sou a fruta podre, vou acabar com todo mundo. É melhor eu sair mesmo, nunca fui boa coisa, acho que nunca vou ser boa coisa.
Eu tenho sonhos ruins toda noite, eu me sinto cansada todo o tempo, não tenho disposição pra nada. Nem pra você. Inclusive pra você. O que me faz feliz você ignora, o que te faz feliz eu desprezo.
Mas sabe o que me esfola mais nisso tudo? A minha falta de coragem.
Se eu estou desistindo é por simples medo de não conseguir, então você deveria entender que eu preciso de ajuda, não de ameaças ou de esporros. Mas agora eu já desisti. Tanto de mim, quanto de você, quanto de tudo. Da vida, talvez. Mas ainda não tenho tenho coragem de desistir totalmente disso.
Se eu estou comendo como louca é porque eu estou ansiosa, não é por falta de educação, acomodação ou burrice (você adora me chamar de burra). Você não tem que me chamar de gorda, me mandar fazer execícios, regular o que eu como é só entender. Se você entender eu paro.
Talvez você só precise me perguntar como eu estou no meio disso tudo. Não é bem, você pode ter certeza.
Mas ainda temos momentos bons, ainda temos um tempo pela frente. Mas, do fundo do meu coração, espero que esse tempo seja bem curto.
A gente se distanciou bastante, já não te falo mais do meu dia, da miha vida, do que eu faço.
Eu minto também, mas é por medo. Eu choro também e é de culpa.
Mas talvez no fundo a culpa seja sua e eu seja a vítima. (Mesmo fazendo tudo errado, mesmo sendo torta por dentro e por fora, não sendo do jeito que deveria ser.) Adoro me fazer de vítima, dá pra chorar e fingir que estou morrendo de dor.
O problema é que eu realmente estou morrendo dor.

domingo, 11 de março de 2012

Maior do que tudo

É que as luzes me cegaram e eu perdi a noção do perigo. Hoje não tem cobrança, não tem olhar de esguelha, não tem recomendação. Hoje é o nada, e isso se resume ao tudo. E a cada passo uma nova gota que descia e inundava a felicidade maior que tudo. Hoje eu  sou maior do que tudo.
Sou imortal.
Se nada pode me atingir deixa eu me mexer, deixa eu me enturmar, deixa eu sentir aquela sensação de novos tempos, de despreocupação, me deixa esquecer, me deixa esquecer.
Porque hoje meus pés se mexem junto com os seus e as suas gotas caem com as minhas. E a cada riso eu me reconstruindo porque hoje eu entendi o que é que eles enxergam em tudo isso, hoje eu entendi o que eles definem como diversão. E eu me diverti.
Deixa que meus pés morram e que eu me perca, porque hoje não quero me encontrar. Nada de conselhos, nada de brincadeiras sérias. Quero menos seriedade, a partir de agora, e justo nesse ano tão importante, quero menos seriedade e mais ação.
Quero me perder.

segunda-feira, 5 de março de 2012

2012

O grito que sai do meu peito e que treme as minhas estruturas não foi eu quem começou. Não sou eu que maldigo o tempo e peço a morte, não fui eu quem errou primeiro.
Eu só quis que você olhasse e percebesse e sentisse e abraçasse. Lá fora, bem atrás daquelas paredes, eu sei que as águas escorrem inundando casas. Mas aqui está mais molhado. Lá fora, onde as cores são sóbrias e faltam expectativas, existe gente que olha para trás e grita como eu. E se a dor que sai de mim é maior do que todo meu ódio, por que não sucumbir?
Eu descobri o que é ter, o que realmente quer dizer, um dia ruim. Eu descobri que fui abandonada há anos atrás, mas a consciência da maldição caiu sobre meus cabelos e me molhou toda.
Se fosse apenas o descaso, a falta de compreensão, mas nem mesmo um olhar? Nem mesmo uma palavra de apoio?
Lá fora a água torrencial destrói tudo, mas parece que aqui está tudo quebrado, tudo partido, tudo. E eu me quebro mais. Antes morresse de novo, antes eu não tivesse ninguém.
A questão é clara, mas só agora posso ver. É que sinto mais medo do que nunca, é que tenho mais chances de errar do que nunca. Ano horroroso, vida horrorosa.
A tempestade que sacode tudo e treme a minha casa me arrastou e por mais que eu tente eu não volto mais. Desde àquele dia, desde àquele momento, eu não sei mais onde parei.
É que tem tanta coisa surgindo, tanta gente por aí que não sei.
A tempestade, agora eu entendo, está dentro de mim. Lá fora é tudo normal, lá fora tudo existe independentemente das minhas desilusões, mortes, esquartejamentos vivos. Lá fora tudo resiste, o que treme sou eu. O que morre sou eu, o que inunda sou eu.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Fênix

O problema, e talvez seja essa a questão, é seu. Mas não é culpa sua. É que está quente e você quer dormir e tem o cansaço e tem o estresse...
Mas é que aí você prefere morrer a abrir apostila.
Oh, Senhor, me mate agora, porque esse mundo que espera algo de mim não me merece.
E se eu não quisesse fazer nada? E se eu preferisse viver por aí? Essas pré-obrigações já me sufocam, as pessoas me sufocam, não é (só) o choro, mas as pessoas me sufocam. As pessoas que me matam, que me esfacelam várias vezes ao dia para eu renascer das cinzas e morrer de novo. Hoje eu estava pensando que estou na turma errada, que está tudo errado. Quem sai e se diverte e tem vida e bebe e faz mais amizades é mais feliz do que você que lê e assiste Cine Conhecimento. Você que tenta ouvir mais e falar menos nunca é levada em consideração. Cadê o nerdpower agora?
E seus pais que te julgam, te esmagam e tentam te forçar a ficar na linha que para você é torta. Você que já está na linha há anos e não consegue mais tomar nenhuma atitude que não condiga com ela.
Não é só a questão do olhar, as pessoas perguntam, exigem. Mas e se eu não quiser nada? Essa questão de ser levada pela correnteza por um caminho que você não escolheu seguir, que foi escolhido quando você nasceu. Eu não quero mais, não é para mim, desculpe. Se eu tivesse dito isso antes, se eu tivesse desistido antes, talvez ainda houvesse tempo de procurar saber, de ser menos infeliz e parcialmente bem-amada.
É que eu preciso de uma mão, eu preciso de apoio, eu preciso. Por favor, sem perguntas e justificativas, é que hoje, excepcionalmente hoje, eu preciso me debulhar em lágrimas porque eu não agüento mais andar por aí como se tudo fosse perfeito e não estivesse preocupada.
Por que? Eu, que só tenho 16 anos mal vividos, tenho que decidir agora? É que só quero sair, só quero amar. Será que ninguém leva em consideração meus sentimentos e hormônios?
“Mas você tem que passar por isso, é assim com todo mundo.”
É, é assim com todo mundo. E eu pergunto:
“Todo Mundo, como você agüenta? Porque eu já estou cansada e sem uma Mão não posso suportar mais.”

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

#1

Primeiro olhou pra sala. Tudo no lugar, como sempre. Depois olhou o relógio. Gostava de controlar as horas. Tenho exatamente 30 minutos antes da novela. Foi fazer café. O cheiro inundando a cozinha deu mais prazer do que a bebida em si. O vapor insinuante que subia da xícara a lembrou o filho da manicure.Os mesmos movimentos sedutores. Tão bonito... Tomou um gole para esquecer os pensamentos libidinosos que começavam a escalar seu corpo. O café queimou a língua e ela não fez nenhuma exclamação. Olhou o reflexo do seu corpo no armário e caminhou novamente para a sala. Tinha perdido o horário da novela. Nunca perdera o horário da novela. Ligou a televisão justo no momento em que o mocinho falava com aquele sotaque nordestino que a fazia abrir as pernas. Igual o filho da manicure. Sérgio, era esse o nome dele. Fechou os olhos e imaginou o filho da manicure dizendo que a defenderia, amaria, penetraria... Tomou mais um gole de café e cruzou as pernas. O marido abriu a porta sem nem olhar-lhe a face. Foi direto para o quarto. Ela pensou em ir até lá, tirar a roupa, mostrar a depilação feita. Mas preferiu o televisor a sua frente. Marido complicado, aquele!
—Cadê o João?—Perguntou o marido já de chinelos. 
—Tá na casa da namorada, falou que só volta amanhã.—Respondeu sem desgrudar os olhos da TV, tomou mais um gole de café. O marido entrou no banheiro. Ela podia imaginar o ritual do marido: tirar a roupa, dobrar, colocar no cesto. Tantos anos de casamento! Dois filhos, um já casado, Graças a Deus!, três casas, os carros, as brigas, o silêncio. Ele poderia ficar com as duas casas, com o carro mais caro. E o filho que fosse morar com quem quisesse. Ela ficaria com casa da praia, gostava de lá, era calmo e o vizinho... Ah, aquele vizinho! Que era isso, meu Deus? Precisava recompor-se. Levantou, colocou a xícara na pia e olhou o chão limpo. Tão limpo, tudo tão esterilizado. Olhou o relógio. Tenho 5 minutos pra entrar no banheiro e pegar meu marido antes do fim do banho. Bateu na porta. Corpo em chamas.
—Valdemiro? Valdemiro?— Ele não respondeu. Talvez fingisse não ouvi-la. Ela esperou com a mão na maçaneta, ele a ouvia. Desistiu. Vou beber mais café. Que isso, Vânia? Você nunca foi disso... Ela se sentou na mesa. Ah! Esquecera-se de desligar o televisor, podia ouvir o moço de sotaque nordestino na sala. Paraíba, talvez. Ou Ceará. Lembrava o filho da manicure. O líquido quente descendo pela garganta. Não mais quente que ela. Deixou o café como estava. Foi para o quarto e abriu as gavetas. O marido saía do banheiro. Secava as costas. Ela pegou uma calcinha vermelha. O marido olhou, desinteressado. Ela começou a se despir.
—Como foi na loja hoje?
—O de sempre...
—Você demorou...—Ela observou colocando a peça cor de sangue.
—Muito trabalho.—Falou ele saindo do quarto. Ela terminou de vestir-se. Para quê aquela calcinha? Para quê? Talvez o filho da manicure ligasse. Ela deu o telefone, deu o endereço. Pensou na diferença de idade entre eles. Meninos nessa idade não querem compromisso. Muito menos eu.
—Cadê a janta, Vânia?
—É que hoje sairíamos para jantar.—Respondeu, seca.
—Ah, me desculpe.—Falou ele sem se importar. Ela fitou as costas do marido, o jeito perfeccionista que ele tinha de sempre querer tudo em ordem. Ela começou a tirar o esmalte. Pensou na última vez em que saíram juntos, na última cavalheirice, no último “eu te amo” verdadeiro, não naqueles falsificados que ele pronunciava, mais por agradecimento que por emoção. Pensou no sexo automático, egoísta do marido. Pensou no jeito ranzinza, na ignorância e quis chorar. Não conseguiu, nem se surpreendeu.
—Que foi, Vânia? Vai ficar aí como estátua? Vem ajeitar a comida.
—Meu bem, você quer que eu compre cigarros?—Perguntou ela, desinteressada deixando cair pedaços de esmalte no chão e foi recolocando a roupa e andando em direção a bolsa. Olhou o relógio sobre a parede.
—Não.—Ele respondeu, ignorante.
—Ah, tá. É que eu vou ali na manicure fazer as unhas e só volto amanhã cedo.