terça-feira, 3 de julho de 2012

Tudo de bom

Teve tudo de riso, tudo de novo, tudo de coragem, tudo de juventude, tudo de beleza, tudo de sinceridade, tudo de tudo que eu queria provar. Provar pra mim mesma que existia, provar pra alguém que eu tinha. Eu não me fiz perguntas difíceis, eu não me torturei, não despejei tudo de negativo por aí. O segredo é relevar tudo que te parece pesado, tudo que te deixa pra baixo, tudo que te faz mal. Não que eu tenha aprendido, não se aprende isso de uma hora pra outra. O segredo é rir dos que te desprezam, é achar graça quando te chamam de gorda, é brincar com o medo de dar tudo errado.
Você sabe que é provável que tudo termine, você sabe que a maioria não presta, você sabe que odeia aquele lugar. Mas bem lá no fundo tem algo de bom, talvez tudo tenha algo de bom. Mas a questão é encontrar o que é bom em você, em mim. Eu falo de você, mas você sou eu, assim como eu sou você. Mas é que a primeira pessoa dói, assim como nome dói, assim como palavra dói. E de tão masoquista você não para de escrever.

Um comentário:

Comunidade dos Pensadores Livres disse...

Suas palavras são permeadas de 'mundividências', como diria Wilhelm Dilthey, mundividência é fruto de nossas vivências, que inconscientemente, e, ou, conscientemente, descarregamos nas "ciências do espírito" (literatura, filosofia, direito e artes no geral). Essa 'vivência' te torna única, é sua identidade mais profunda e aquilo que faz de todo e toda grande artista aquilo que é, fruto de seu tempo, vivência e grande percebedor de sua mundividências, a ponto de trabalhar com ela.

gostei de suas palavras.

Marcelo Silva.