sexta-feira, 28 de junho de 2013

Aqueles dias

Aqueles dias que eu sorria até pros panfleteiros e distribuía elogios por aí.
Teve gente que não acreditava que eu pudesse mudar tanto, mas a gente sempre dá um jeitinho de ir mais a fundo e revirar no fundo da alma pra ver o que descobre de bom.
E com todas aquelas amizades fofas e sorrisos e dias de sol eu passava a vida olhando tudo, crendo em tudo e sentindo tudo. Tem sempre aquilo, aquele, aquela que você volta a encontrar e te dá um aperto no peito. Eu queria aperto na cintura. Aperto de mão.
A vida pode ser bonita se a gente pinta tudo de azul e pára de assistir jornal.
Virgens Suicidas, Quando duas mulheres pecam, Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, Réquiem para um sonho...
Vamos deixar o sofrimento pra ficção das tardes.
A minha gatinha gorda e preguiçosa, eu mais gordinha e preguiçosa e rindo. O bolo queimando e eu nem aí.
Entender que a gente anda conforme o passo. Deixar os conflitos pra trás.
Deixar as velhas pessoas pra trás. Acreditar em Deus.

A vida só é boa quando a gente ignora o que tem de ruim.
Mas a questão é que isso não pode durar pra sempre.