quarta-feira, 8 de julho de 2009

Minha imatura consciêcia

Sentei perto da janela e fiquei olhando para rua. Senti o vento frio da manhã bater em meu rosto e levei as mãos para dentro do casaco, a minha frente um professor falava em um tom suficientemente entediante, por mais interessante que o assunto pudesse ser, fiquei imaginando o final do livro que estava em cima da minha cama desarrumada com um marcador de um livro do Victor Hugo. Minha cabeça latejava por um motivo que desconheço e por negligência, ignoro. Meus dedos frios pareciam pedras de gelo e minha vida exageradamente sem graça. Era só mais um dia normal, normalmente chato e simplesmente cansativo. Não me importei com as pessoas andando apressadas na rua ou com minha falta de liberdade. Naquele momento só queria ser uma Bella de um Edward ou uma aluna de Hogwarts ou, quem sabe, ter um dragão estimação chamado Saphira. O meu tédio era crônico e cheguei a ver-me divagando sobre assuntos diversos e fantasiosos enquanto o professor continuava a falar sobre algo que naquele instante pareceu-me completamente desconhecido e sem importância, censurei-me imediatamente e inclinei meu corpo em uma posição que pensei ser o de uma pessoa interessada e séria e comecei a prestar atenção ao que o professor dizia. Tentei prestar atenção ao que ele dizia porque algo em minha imatura consciência me dizia que aquelas palavras viriam a ser importantes e talvez eu devesse deixar de ser insistentemente displicente e quem sabe até, um dia, madura.

Um comentário:

Léo. disse...

Na verdade só percebemos o quanto aquelas palavras ditas pelos professores seriam importantes quando, lááá na frente, realmente precisarmos delas.